domingo, 5 de julho de 2015

FRIO É PSICOLÓGICO

É o que dizem os corajosos.
Aqueles que se atrevem sair do conforto das muitas cobertas num domingo de muuuito frrrrio em Itararé.
Bom, se é psicológico não sabemos, mas que congela as mãos é certeza.
A gente sai pra correr e as pernas demoram para aquecer (ou nem aquecem).
Os pés endurecem.
O suor que escorre por dentro dos agasalhos congela a alma.
Nariz escorrendo.
A respiração se torna mais difícil.
E um quase arrependimento por ter deixado a cama quentinha para se aventurar num dia nublado e gélido começa a tomar conta dos pensamentos.
Mas aí você vai correndo e conversando com os amigos.
Vai contando e ouvindo histórias.
E acaba se convencendo de que fez a melhor escolha.
Levantou cedo.
Viu a vida acordando.
Passou na feira e viu as mulheres bem agasalhadas escolhendo verduras.
Os cães dormindo amontoados uns nos outros para se esquentar.
Viu um senhor varrendo as folhas que cobriam a calçada.
Passou em frente a uma padaria e sentiu o cheiro de pão quentinho.
Aí volta pra casa, congelando ainda.
Mas com a sensação de dever cumprido.
E com a dúvida se o frio é ou não psicológico, mas com a certeza de que está mais vivo do que nunca.


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